domingo, 27 de maio de 2012

BANTU?

Oi Crespas!
Viajei no dia 19 de maio último para participar da festa de aniversário da minha mãe. Ano passado sua saúde nos deu um susto: ela teve que fazer pontes de safena e mamária, teve complicações posteriores, os médicos tiveram que reabrir seu peito para retirar uma bolha de sangue que recobria seu coração, ela teve complicações em outros orgãos e passou mais de 2 meses na UTI de um hospital, desacordada em coma induzido. Muito duro pra nós! Minhas irmãs foram magnífcas e quero aproveitar para lhes agradecer pela total dedicação e força nesse momento tão difícil que passamos. E passou mesmo!
Para ir à minha cidade natal, Barra do Piraí-RJ, saí de Salvador no sábado num vôo às 12hs para o aeroporto do Galeão, meu primo Pedro esperava por nós (Juliano, meu namorido também foi!) e fomos para a casa da minha querida tia Catarina. Duas horas de viagem e... ufa, matei saudades de tantos primas e primos queridos, tios e tias do meu coração. Não sei vocês, mas eu adoooro esses momentos de união familiar, me dão uma reenergizada para todos os momentos da vida.
Mas o assunto do post não é meu final de semana ou minha família, o que quero dizer mesmo é que com a correria dos dias, muitas vezes fico com uma baita preguiça de fazer qualquer coisa pra dormir, daí só faço um puff rápido e me deito com meu lenço. Confesso que encontrei no puff a solução pra não amassar tanto o cabelo durante o sono.
Mas de um tempo pra cá, voltei a fazer coquinhos, ou "bantu", nome que conheci aqui na net em vários blogs e canais. Me lembro que durante um tempo da adolescência em que eu não usei química, fazia os coquinhos pra estilizar os cabelos... pioneira! Mas acho que toda crespa faz isso na infância, né?
Bem, a querida Andrea Luz do blog: não vivo sem cosméticos comentou que também tem utilizado desta "técnica" pra ajudar a estilizar e deixar os cabelos mais soltos depois do sono.

Faço bantu com grampo, com elastiquinhos coloridos e sem nada, como na foto abaixo.

O bantu ou coquinhos também são um penteado divertido, mas pra mim funciona mesmo como uma técnica pra "soltar" o cabelo e você crespa, sabe do que eu tô falando, né? Quando o cabelo fica grudadinho na cabeça, aplico o bantu, nos cabelos secos mesmo e quando desmancho parece até que cresceu. É um chega pra lá no fator encolhimento! Rsrsrs.

Tirei essas todos a seguir pra exemplificar bem o que eu tô falando.
Aqui fiz "fitagem" nos cabelos (vou falar mais pra frente sobre essa tal de fitagem na aplicação do leave in e gel. Mas assista o vídeo da Amanda Gil do Canal belocrespo, é bem explicativo). O meu cabelo secou naturalmente, fui assim pro trabalho. Ficou bem cheio de cachinhos, mas "grudadinho" que só na cabeça.

Olha só como o mesmo cabelo ficou no dia seguinte, não é show? Eu fiquei toda hora olhando no espelho desacreditando da situação! Mas veja bem, eu não fiz o bantu como aparece na primeira foto. eu fiz os rolinhos, mas não prendi as pontas, elas ficaram soltas para que os micro cachos ficassem livres. Prendi os coquinhos com "xuxinhas" e dormi de lenço... ufa, parece que dá trabalho, mas foi super simples.
Fala sério crespa, posso ou não acreditar no potencial do meu cabelo?
Ah, eu tô bem contente!
Beijos e see ya!


domingo, 13 de maio de 2012

E FEZ-SE A LIBERDADE!

Hoje é 13 de maio e há ainda quem se lembre de que nesta mesma data, há 124 anos, foi promulgada a lei que "libertou" os negros escravos que haviam no Brasil. Eu me lembro, pois fazia parte dos estudos cívicos... uau, como estou velha!!!

Bem, estava lendo no Wikipédia algumas informações sobre este tema. É muito histórico e muito complexo, há várias opiniões sobre os reais motivos que fizeram com que a lei Áurea fosse aprovada: bondade da princesa, pressão da população escrava, pressão externa? Enfim, a lei foi assinada e o Brasil, o último país das Américas a "libertar" seus escravos, fez o que tinha que fazer, aprovou a lei.
Naquela época haviam discussões a respeito do pagamento de indenizações aos fazendeiros para compensar o investimento com as compra dos escravos e as estes nada, acreditavam que a eles, os escravos, bastava a "liberdade". 

Minha mãe me disse que seu avô (meu bisavô), pai de minha avó, havia sido escravo e ela conviveu com ele. Tinha marcas no corpo o meu bisa, as mãos bem calejadas e a voz já idosa a pedir "cachacha" às netas. Eu não vivi esta época, não conheci o pai da minha avó, mas ouvi esta história.

Sempre achei muito superficial o conteúdo das aulas de história do meu povo contada nas escolas, não dizem de que países viemos, a África é tão grande! Como foram espalhados os negros pelo Brasil? É uma vergonha nossa história? Parece que sim, ninguém quer saber, ninguém quer falar, só é bonita a história da "Isaura" do livro, as outras, as comuns de nossos bisavôs e bisavós foram já esquecidas. 
Não me sinto envergonhada pela nossa história, somente um povo guerreiro sobreviveria a todas as atrocidades praticadas contra os escravos e ainda teria hoje, alegria para cantar e dançar. Povo caçado e trazido à força para uma terra estranha, sem entender a língua ouvida e nem sabendo por que apanhava... nem me imagino numa situação destas, nasci na época certa. 

Hoje falo de cabelo, roupas, maquiagem e tantas coisas, posso discutir cotas, oportunidades, diferenças, amor, sexo... tantas coisas. 
Que esta liberdade, conquistada e promulgada seja eterna para todos os povos, de todas as raças, cores, religiões, classes sociais... ir e vir, receber pelo que se trabalha, ter hora pra entrar e sair do trabalho, férias, intervalo pra refeição, transporte e no fim, poder voltar pra casa, feliz, ciente do dever cumprido.
Palmas para a Liberdade e que venham mais 1000 anos de conquistas, para meus sobrinhos e futuros filhos e para os filhos de seus filhos e todos nós, que somos herdeiros do continente onde tudo começou. 

Beijos a todos!


Ah, música pra sambar, sentir e cantar junto... Ilê no Campo Grande e pra ouvir,  Dona Ivone Lara





quinta-feira, 10 de maio de 2012

O CRESPO E OS ESTILOS

Olá Crespas e mais todo mundo que está aqui!



Bem, ao decidir retirar toda a química dos cabelos e ficar natural, eu me preocupava muito com a falta de forma dos meus fios. Os crespos tipo 4c, ou kinky, pixaim, enfim, a denominação que quiserem é, além de muito ressecado, com formas indefinidas, os cachos não se formam. Redundante! Enfim...
"O sonho de toda mulher que tem o cabelo crespo tipo 4c (pelo menos as que eu conheço) é ter cachinhos", tem tanta menina com cabelo cacheadinho reclamando da vida, que o cabelo arma, tem muito volume e blá, blá, blá. Depois de tantas pesquisas na internet e de ver tantos vídeos e ler vários blogs, constato que não sabemos mesmo cuidar de nossos cabelos e que temos muito a aprender. As cacheadas reclamam do volume, as crespas reclamam do ressecamento e todas precisamos conhecer bem melhor nossa natureza.
Me lembrei dos anos 70 e 80... Que fique claro que eu não vivi todos estes anos, não adulta rsrsrs. Bem, vim lembrar que cada época pede um estilo, vamos acompanhar?




ANOS 60 e 70

 Pam Grier é atriz americana e fez uma heroína: Foxy Brown
 Diana Ross, linda, sem comentários!

Essa é Pam Grier, de novo: num style e também com seu puff.
Anos 80... tem famosa que hoje é lisa

 Clara Nunes: linda!

 Vocês se lembram ou sabem que este era o cabelo natural da Débora Block?

E esta é Marina Lima, cantora

Grace Jones, segunda metade dos anos 80. Eu cortei meu cabelo com um topete assim, assimétrico

E HOJE

 
 
 

AS FAMOSAS... INSPIRAÇÕES!
 
Negra Li, uma das precursoras dos nossos dias
 
 
Sheron: A Inspiração! Eu quero esse volumeeeee!!!!!
 
Sandra de Sá: vermelho, vermelhão!
 
 
Taís, a Bela, olha o puff da nega e a produção da segunda foto, esse cacheado é de baby liss e tá lindo!
 
  
Vanessa, o volume e as flores!

Deu pra inspirar? 

Só pra fechar, assista o vídeo da Beyonce & Kane West - Ego, esse volumão é tudo, ainda vou ficar assim!

Beijos.

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

VAMOS A LA PLAYA?

Oi pessoal! Curiosidade, mas as 3 últimas cidades em que morei foram litorâneas: Santos, Fortaleza e agora Salvador, nesta sequência.
Tudo por causa do meu trabalho, pois fui transferida para inaugurações de lojas ou mesmo substituir colegas promovidos.
São experiências ótimas, oportunidades únicas de conhecer vááárias pessoas e partes do Brasil que, talvez não tivesse conhecido se não fosse meu trabalho.
Voltando ao primeiro assunto, como cidades litorâneas, claro, o que se pensa sempre é: praia!!! Uh, vou todo dia na praia! Engano, claro, pois com tantas atribuições no trabalho não sobra tanto tempo assim e eu, como boa preguiçosa que sou, enrolo em casa e acabo arrumando o que fazer pra não ir pra praia... A louca!
Praia é tudo de bom, ainda mais aqui em Salvador que tem várias enseadas lindinhas, com água morna (início do outono e a água ainda tá uma delícia!), poucas ondas e muuuuuito sol! Mas desde que estou naturalmente crespa tenho me preocupado com o visu, é crespas, cabelo para ir na praia é uma resenha!
Eu em frente ao farol da Barra, depois da praia, só style! Vim de black solto nesse dia, mas claro, com a flor branca, é muito glamour!

Outro dia na mesma praia, junto com meu marido. Arregalei os olhos porque estava tão cansada que eles ficaram pequeninos em todas as outras fotos, rs. Olha um pedacinho do farol lá atrás de nós. Fiz tranças pra poder mergulhar tranquila, a sereia!

Ah, tão importante quanto o penteado da praia são os produtinhos que você leva na bolsa, crespas, ir pra praia e não levar um leave in é suicídio, fala sério!
Bolsona de palha (a aminha, confesso, já tá pedindo aposentadoria... rsrs), canga, óculos escuros, protetor para o corpo (Sundown fator 15), protetor para o rosto (Sun Max fator 20 - esse é em gel, especial pra minha pele oleosa) e protetores para os cabelos da marca Elseve (linha solar): leite umidificador (uaaahhh, ainda com preço, R$9.50!) e leave in, ambos com proteção UVA e UVB, tudo de bom num dia de sol, mar, vento ou piscina.

Grande beijo e todas e digam, como estão se preparando para o outono?
See Ya!